terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mofo deu

É maravilhoso estar tão perto do mar, mas tem horas que meu calanguismo sofre com essa umidade toda.
Já me acusaram de tentar forjar uma identidade neocandanga com minha defesa exacerbada das benesses da seca centro-planaltina. Também já fui chamado de polemista por me recusar a entrar no coro dos que lamentam a estiagem no cerrado. Não nego nenhuma das malsinações. Forjar identidades e polemizar são atividades que caminham de mãos dadas e sempre me aprazeram. Não voltarei a enumerar os argumentos de minha defesa da seca urbana - já sofri toda sorte de achincalhamento por isso -, mas devo dizer que os novos ares só reforçam meu afeto pelo 'antilúvio' brasiliense. Desta vez, em minha defesa, valer-me-ei do clichê de que há imagens que valem por mil palavras (embora acredite que deveria haver, em tão antiga conversão de câmbio fixo, reajuste em favor dos vocábulos, em tempos de tamanha abundância na oferta pictórica).